No entender de Robert Dahl, as democracias existentes são pobres aproximações do ideal democrático e, por isso, prefere denominá-las de poliarquias. As questões que o autor se coloca, e procura explicar ao longo do livro, é descobrir os motivos pelos quais apenas poucos países tenham vivido longos períodos sob regimes democráticos. Desde a publicação deste texto em 1971, o termo incorporou-se ao jargão da ciência política, assim como suas propostas de análises sobre a transição em regimes políticos. Definir os processos de transição como objeto de estudo implica admitir que resultam da ação de atores políticos. Esta é uma obra de ruptura, em que novos paradigmas foram invocados pela primeira vez, e ainda hoje mostram-se úteis à análise política.