Escrito entre 1938 e 1941, durante alguns dos momentos mais dramáticos da Segunda Guerra Mundial, o livro aponta para a necessidade da poesia e da transcendência em um mundo em que elas pareciam ter desaparecido por completo. Figuras da poesia de Murilo Mendes como a mulher, o pássaro, os peixes, o piano e as nuvens, chocam-se com a antipoesia de tanques, granadas e populações emigradas. Estão aqui alguns dos momentos mais altos da lírica moderna brasileira, como 'O pastor pianista' e 'Os amantes submarinos'.