Uma Rosa a Iemanjá evidencia o poder das religiões de recriar o real e recriar a si mesmas se adaptando, e se readaptando, aos novos contextos históricos e sociais que nosso cotidiano vai recriando. O trabalho que produz mercadorias simbólicas e reais vai recriando o mundo humano, vai transformando os indivíduos e sugerindo novos rumos a tomar, como neste caso, realizar um festival sagrado, um novo ritual para Iemanjá. O autor também relembra sua trajetória de vida como pessoa religiosa que se adaptou às novas conjunturas que a vida social lhe ofereceu, até estar neste momento enquanto cientista social e professor, produzindo este livro, que é também, nesse contexto, uma Oferenda Religiosa. Por seu conteúdo intrigante, sua linguagem simples e sua profundidade acadêmica, a obra oferece aos praticantes e aos estudiosos de religião afro-brasileira dados de campo e interpretações possíveis desse tema tão relevante para o povo brasileiro.