A importância deste Teatro em Progresso já seria grande se nos desse a conhecer apenas o pensamento crítico do autor ou uma parte da história recente do teatro brasileiro. Mas há algo mais em suas páginas: elas nos ensinam que o exercício da crítica pode ser uma atividade superior, se feito com o devido senso ético. Machado de Assis já apontava, no século XIX, as qualidades que o crítico devia ter: ciência e consciência, sinceridade, coerência, independência, imparcialidade, tolerância, moderação e urbanidade na expressão e perseverança. No nosso tempo foi Décio quem realizou esse ideal do crítico, tornando-se mestre e modelo não só de sua geração de estudiosos do teatro brasileiro.