A autora retoma um tema recorrente da vida social, o da construção ideológica do mito, através da figura de Oswaldo Cruz, em quem realidade e imaginário se misturam de maneira inextricável. Conduz-nos ao momento em que, morto, Oswaldo Cruz passa a vivenciar um processo de mitificação, de canonização, e de sua transformação em totem da tribo dos médicos sanitaristas. Contextualiza a obra no interior do movimento nacionalista despertado pela guerra mundial, na crença ingênua no poder da ciência e no movimento de interiorização brasileiro, terreno fértil para criação das bandeiras de Oswaldo Cruz e do movimento sanitário nacional.