Graves momentos passa a humanidade na segunda década do século XXI. E o que o poeta, Fábio Oliveira, expressa em “O Secto” são constatações de como o mundo e a nossa pátria, Brasil, se encontram com o sistema político-econômico vigente, que beneficia a classe privilegiada e que dispara suas bombas contra os rebeldes insatisfeitos, os trabalhadores, os injustiçados desde tempos mais remotos. Em cada um dos 120 poemas dos 12 capítulos espalhados em 3 partes da obra, a indignação com a constatação da injustiça clama ao leitor para que se indigne, se torne mais consciente do mundo em que vive e que é manipulado por forças que apenas estendem seus tentáculos midiáticos para preencher o tempo livre de quem labuta pela sobrevivência e para intimidar a quem pensa em qualquer possível reação. Títulos, tais como, “Políticas Sifilíticas”, “A Desordem É A Lei” e “Chagas Sociais” dão uma ideia clara de como o poeta chama a atenção para a conscientização. Sair da “Minha Trincheira” que é uma “Muralha de Pedra” por causa das “Doutrinas Nefastas” leva a pensar que “O Evasivo” está “Na Encruzilhada” onde ocorre um “Parto Suicida”, é simplesmente quase impossível, mas o poeta não quer ficar “Encarcerado Do Lado De fora”. Não se pode, simplesmente, ler este livro sem deixar de ser a pessoa que se era antes. Cada sincero hipócrita diz: Eu jamais conseguiria viver. Sem tudo aquilo que eu nunca tive. Com esses versos, resumo o que você encontrará ao ler uma obra poética nada romântica, mas por demais realista e protagonista. Não é todo dia que se encontra uma obra deste quilate para refletir a crueza do mundo de nossos dias.