Criadoras e exegetas esquecidas, essas mulheres ajudaram a transformar e recriar o Direito. A sua maneira, usaram das armas que dispunham, em geral sua esperteza, conhecimento da rua, e coragem, para questionar as ideias que lhes eram impostas, e mesmo a autoridade daqueles que as impunham. Com suas visões próprias do que seria moral, do justo, e de quem deveria aplicar-lhe ou não a Justiça, em constante interação e, em muitos casos, atrito, fizeram circular ideias sobre justiça, sobre correto e sobre ordem, que moldaram uma cultura jurídica muito mais ampla que o Direito da Letra da Lei.