Usando o marco da reforma psiquiátrica desinstitucionalizadora, critica acerbamente a lógica terapêutica de internações forçadas, existente Brasil afora. A pesquisa empírica comprova que o pensamento asilar parece ser ainda a tônica da prática médica e jurídica que se associam para prender e internar. A remissão no título ao livro de Nils Christie indica que o abolicionismo ainda faz parte de seu universo de pensamento e que é forte referência deste trabalho. Sérgio Salomão Shecaira USP Sua práxis nas trincheiras da Defensoria Pública de São Paulo contribuiu para um olhar agudo sobre as internações psiquiátricas forçadas ativadas pela guerra às drogas que marca nossa política criminal ‘com derramamento de sangue’. Ele problematiza a confluência dos ‘tratamentos forçados’ no panorama bélico do enfrentamento da questão. [...]