Para além da canção, há a palavra, a escrita de Adriana Calcanhotto. Letras que se descolam de suas músicas, desdobrando o jogo poético de ritmo, imagens e sentidos. Com mais de 10 discos lançados, além de uma obra dedicada às crianças, sob o heterônimo de Partimpim, as letras de Adriana começaram a ser compostas a partir do fim dos anos 1980 e já atravessam mais de 25 anos em um processo de afirmação de uma linguagem ? e de grande reconhecimento de crítica e público. Neste livro está parte substancial dessa produção: 91 letras selecionadas pelo poeta Eucanaã Ferraz, que reuniu desde sucessos como ?Esquadros? e ?Mentiras? até composições inéditas, sublinhando o traço substantivo, essencial, da autora. Como atesta Eucanaã, que organizou a obra em ambientes temáticos por onde transitam suas composições, há em meio à aparente pluralidade de Adriana uma escrita própria: ?Nas páginas desse livro, reconhecemos imediatamente que estamos diante de textos, ou ainda, de uma escrita [...]