Carlos Drummond de Andrade no gol, Nelson Rodrigues na zaga e Machado de Assis no meio-campo. O escritor José Roberto Torero é adepto da máxima: "diz-me quem escalas e te direi quem és". No livro Os cabeças-de-bagre também merecem o paraíso - que reúne cerca de 30 crônicas publicadas na Folha de S. Paulo, na revista Placar e no Jornal da Tarde - ele escala seu time de craques escritores e aproveita o gancho do futebol para contar histórias deliciosas sobre o esporte preferido do brasileiro. O livro valoriza as crônicas que passeiam entre a verdade e a ficção, o raciocínio e a invenção, usando algumas experiências pouco formais no jornalismo esportivo como poemas, fábulas, receitas, dicionários, contos e cartas. Há o garoto que vai pela primeira vez ao estádio; um guia hilário de como roer as unhas durante uma partida de futebol; conselhos para dirigentes corruptos e até um novo desfecho para a final da Copa de 1950. Com muito humor, ironia e criatividade, a antologia revela o talento de um cronista capaz de atuar em todas as posições do campo, seja no papel de torcedor, jogador ou de técnico. Torero ainda oferece ao leitor textos inéditos com a biografia de 26 jogadores inventados, resultado de suas tabelas entre o real e o imaginário. Brincando com a forma, o escritor revela sentimentos profundos e emociona. O ex-jogador Tostão, que escreveu a orelha do livro, define a antologia como um "gol de letras". É dar pontapé inicial e correr para o abraço!No livro "Os Cabeças-de-bagre Também Merecem O Paraíso" - que reúne cerca de 30 crônicas publicadas na Folha de S. Paulo, na revista Placar e no Jornal da Tarde - José Robeto Torero escala seu time de craques escritores e aproveita o gancho do futebol para contar histórias deliciosas sobre o esporte preferido dos brasileiros.