Um dos mais brilhantes críticos de sua geração, Reinhold Martin debruça-se sobre o pós-modernismo na arquitetura e analisa suas consequências, com reflexos ainda reconhecíveis na atuação de arquitetos contemporâneos. Tida como uma ruptura em relação ao modernismo, o pós-modernismo teria apostado num certo ecletismo formal e na rejeição do universal. A análise de Martin, contudo, denuncia um fazer arquitetônico, nesse registro de linguagem, ancorado em princípios neoliberais associados a uma globalização corporativa, ressoando uma perda de senso social e uma desvalorização da autonomia da criação projetual como fator de transformação, decaindo a uma condição acrítica de mera reprodução da ordem capitalista. Um fazer, afinal, assombrado pelos fantasmas da utopia. Leitura saborosa e incômoda. [...]