Em vão procuramos a palavra amor no Direito. Nenhum texto jurídico o menciona. O Direito teme o Cupido porque quando ele crava sua flecha a razão é eclipsada. Nós, juristas, sabemos o que é a vontade, mas ignoramos o desejo. O livro dos meus queridos colegas brasileiros André Leonardo Copetti Santos, Doglas Cesar Lucas e Pâmela Copetti Ghisleni, Eros pede passagem: corpo, amor e desejo no Direito contemporâneo, tem o imenso mérito de abordar rigorosamente, e através de vários exemplos, a espinhosa questão do corpo e do afeto. Do Prefácio de Daniel Borrillo, Diplomado em Jurisprudência pela Universidade de Buenos Aires e Professor de Direito Privado na Université Paris 2 Panthéon-Assas. Pesquisador do Laboratoire d’Études de Genre et de Sexualité (LEGS) Paris Lumière. O labor acadêmico aqui reunido, em seus vários capítulos, desafia o assimilacionismo afetivista, estimula o diálogo intercultural, dignifica os projetos de vida e as existências plurais nas dinâmicas familiares, pergunta-se sobre os vínculos contemporâneos da virtualidade e se abre para além das convenções conservadoras e limitadoras do exercício dos direitos. Ao se propor tal empreitada e realizá-la de modo amplo, crítico e desamedrontado, a publicação que se oferece aqui é merecedora de reconhecimento e importância, necessária para os tempos que vivemos. Do Prefácio de Roger Raupp Rios, Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Mestre e Doutor em Direito (UFRGS), Professor do PPGD Unisinos.