As ilusões e desilusões típicas dos adolescentes explicam o fracasso e o sucesso das relações amorosas dos adultos. Foi a conclusão a que chegou o sociólogo italiano Francesco Alberoni depois de uma pesquisa com rapazes e moças de 13 a 21 anos. O período que Alberoni chama de incubação de uma metamorfose marca a diferenciação física e amorosa entre os dois sexos. É a partir das experiências e fantasias dos adolescentes que o processo de enamoramento se torna tão diferente entre os dois sexos. Treze anos - a paixão dos rapazes dificilmente é correspondida. Já as mocinhas são mais atiradas. Quinze anos - todos os garotos amam e não são correspondidos. Enquanto isso, as meninas estão abrindo as asas para o vôo nupcial. Quase todas as entrevistadas já tiveram experiências amorosas. Dezoito anos - o interesse dos rapazes pelas estrelas e modelos decresce até desaparecer por completo. Indiferentes à dor, as moças estão mais ocupadas em saborear as novas conquistas. Enamoram-se, largam, se apaixonam, esquecem. Vinte e um anos - o percentual de homens apaixonados cresce. As mulheres vivem sua primeira crise. Por que elas preferem homens mais velhos? Por que eles acham que alcançando o sucesso terão todas as mulheres que lhes foram negadas quando jovens? “O vôo nupcial” analisa estas questões.