Conta-se que Camões enfrentou vários naufrágios em suas navegações pelo Oriente. O mais famoso se deu na foz do Rio Mekong, quando uma tempestade pôs a pique a caravela em que viajava. Na confusão que se seguiu, o poeta deparou com um dilema que atravessaria os séculos: de um lado, sumindo na imensidão das águas, viu a bolsa com o manuscrito d’Os Lusíadas; de outro, gritando por socorro, a sua amada Tin Na Men. A quem salvar? Considerando que hoje o resumo de um dos maiores épicos da literatura universal está em todos os manuais de Língua Portuguesa da Europa, América, África e Ásia, fica claro que Camões ignorou as súplicas da namorada e mergulhou para salvar o manuscrito.