Henrique Abel vai fundo na discussão teórica acerca das raízes do positivismo e dos positivismos. Sabe ele muito bem a dimensão dos problemas acarretados em terrae brasilis por uma vulgata do sentido do positivismo. Por isso, Abel se debruça sobre esse intrincado tema, tendo como pano de fundo e matriz teórica a hermenêutica (filosófica). E fê-lo bem, porque este parece ser o caminho mais adequado para, primeiro, desconstruir o senso comum teórico que sustenta a errônea compreensão acerca do que seja o positivismo jurídico e, em um segundo momento, demonstrar a importância da reconstrução que pode ser feita a partir da hermenêutica. Trata-se de um livro denso e sofisticado, que recomendo à comunidade jurídica. Não pode faltar nas melhores bibliotecas.