“Bem tarde te amei,
ó beleza tão antiga e tão nova,
bem tarde te amei.
E eis que estavas dentro de mim, e eu fora, e lá eu te buscava;
e a essas formosuras que fizeste, eu, disforme, me lançava.
Comigo estavas, e eu contigo não estava.
Essas coisas mantinham-me longe de ti,
essas coisas que, se em ti não estivessem, não existiriam.
Chamaste e clamaste, e rompeste a surdez minha.”

Mais de 1.600 anos após sua publicação, as Confissões<\/I><\/B> de Agostinho de Hipona continuam a encantar quem se dedica à sua leitura. Seu caráter de memória, autobiografia, hino, oração, salmo, exortação, tratado teológico, diálogo ou narrativa literária não apenas teve influência enorme na definição de alguns dos principais pilares da religião cristã, mas também serviu de modelo a Montaigne, Rousseau e outros escritores.