Ao ler os versos de textos para lembrar de ir à praia, livro de estreia de Rodrigo Luiz Pakuslki Vianna, algo nos invade, não sabemos se o mar, se areia, se maresia, se sereia, se pérola, mas de certo somos levados a caminhar por uma praia que abarca todas/ as ausências que contemos praia circular-infinita que oxida a cidade. No oceano de ruínas, é o esqueleto do mar e seus véus de ondas de água-viva que vemos. A paisagem bonita novamente, tocada pela natureza. Já no primeiro poema nos detemos em versos como: ando sob fios de alta/ tensão e as aves/ que ali convocam seus descansos, a bandeira vermelha anuncia a revolução das marés. São versos de quem observa as minúcias e as projeta (seu cinema transcendental) na mente do leitor.