Por que os primeiros cristãos começaram a repetir semanalmente a Última ceia de Jesus? Que valor davam a esse encontro? Como e por que se começou a chamar de Eucaristia o que inicialmente era “Ceia do Senhor”? Por que a “liturgia eucarística” precedia a “liturgia da Palavra”? Que relação existia entre Batismo e Eucaristia? Baseado em uma difícil mas convincente análise de textos religiosos e dos contextos sociais, o autor sintetiza neste ensaio suas respostas originais. Ele reconstrói o panorama heterogêneo das práticas celebrativas das primeiras comunidades cristãs, valorizando as diversidades de ambientes, de testemunhos e de reflexões teológicas, todas caracterizadas pela total ausência de categorias sagradas. Para os fiéis em Cristo, o importante não é apenas o momento de uma prática cultual, mas, mais ainda, o dado de uma vida de comunhão, conduzida nos padrões da fé e de sólida ligação com Jesus Cristo, nascida com o Batismo. Essa primeira imersão em Cristo renova-se e nutre-se graças à Eucaristia, de modo a se tornar fonte de uma comunhão fraterna igualmente sólida, vivida na vida concreta “até que ele venha”.