O livro propõe que Camilo Castelo Branco levou a cabo uma autêntica revolução na literatura portuguesa e estuda o modo como se tornou o seu primeiro romancista moderno, suplantando o romance histórico e as formas incipientes de narrativa de ficção romântica. O ensaio pretende mostrar que a experiência de Camilo nos jornais e na prática de gêneros menores foi decisiva para a construção de um novo tipo de discurso, separado das idéias correntes na época sobre o papel da literatura e das escolas literárias. A parte substancial do livro é ocupada com análises de obras-primas de Camilo como Amor de perdição, Memórias do cárcere, O romance dum homem rico, Novelas do Minho.