"A maleta aberta e vazia permanece respingada de sangue sobre a mesa. No chão, próximos aos pés de Salvatore, uma bolsa de náilon vermelha semi-aberta. Amadeu abaixa-se para abri-la e, numa primeira revista, não lhe diz nada. São pacotes pequenos e bem fechados, pacotes que ainda não sabe, mas mudarão algumas vidas." Ana Paula Maia é uma pistoleira. Não sei exatamente se "no bom sentido", pois então qual seria o mal? O que importa, é que ela tem munição, tem pontaria e não tem medo de apertar o gatilho, provando ser uma escritora matadora. Neste seu segundo romance, narra a saga de homens perdidos, assassinos, traficantes, cineastas da boca-do-lixo que tentam salvar suas peles sempre das piores maneiras possíveis. Tudo começa quando Amadeu, um decadente ator pornô, encontra uma sacola cheia de cocaína, no escritório de seu poderoso patrão. Tentando repassar a mercadoria, ele vai cruzando, trombando e atropelando personagens insólitos: Horácio, um pobre operário do cinema [...]