O universo dos personagens e urbano e sofisticado e a trama, aos poucos, ganha o tom misterioso dos romances policiais, com Edu mergulhado na investigação de um assassinato. Mas volta e meia evoca lembranças, desenhando um país mais ingênuo e colorido, onde a cidade pensante ainda discutia nas esquinas. A tribo de 1968 vem de um longo e um tortuoso caminho, enfrentando turbulências que ceifaram vidas e esperanças. Se alguns sonhos persistem nos anos 90, a marca registrada do momento para a geração símbolo destas páginas é a perplexidade. O Amante de Júlia, terceiro livro e primeiro romance a autora deve ser degustado como os bons filmes - com um enorme saco de pipocas, ao som de uma inesquecível trilha-sonora.