Estas páginas colocam-nos diante de um homem de carne e osso que representou, para o seu tempo e para o nosso, o sorriso de Deus entre os homens. Não lhe faltaram dificuldades, canseiras e preocupações, co-mo não nos faltam a nós. Mas Filipe Neri soube rir-se delas, porque não se dava importância e porque buscava sempre o significado divino oculto em todas as contrariedades. A alegria que brilha nos lábios, no rosto e nos olhos de Filipe reflete a alegria de Deus Pai ao criar o mundo, desse Deus que encontra as suas delícias em estar com os filhos dos homens (Prov 8, 31). E deixa transparecer o sorriso com que Deus Filho encarnado redimiu os homens, um sorriso de bondade, acolhimento e perdão, mesmo no meio dos atrozes sofrimentos da Cruz. Se tivermos presente esse sorriso, aprenderemos tam-bém a rir-nos um pouco de nós mesmos e das nos-sas contrariedades mais ou menos imaginárias. E ouviremos o santo sussurrar-nos ao ouvido que, dian-te de tudo aquilo que nos pesa, podemos e devemos tirar a conclusão da confiança em Deus, do bom humor, da esperança, da alegria e da paz...