Qual o impacto da ditadura militar na vida cotidiana dos trabalhadores?Quais estratégias utilizaram para sobreviver àquele tempo sombrio?Qual memória construíram sobre esse passado que não passa?A obra apresenta as dificuldades enfrentadas pelos ferroviários cariocas, demonstrando como o histórico de luta e mobilização da categoria foi determinante para a intervenção militar na Rede Ferroviária Federal. A autora buscou compreender não apenas de que maneira a violência e a espionagem moldaram a vida cotidiana dos trabalhadores, mas evidenciar a complexidade dos comportamentos sociais durante aquela nova realidade de exceção. Mesmo por meio da autorreivindicação de uma existência comum, a lógica da suspeição recaía sobre os ferroviários, alvos da espionagem e repressão. Foram diversas as estratégias adotadas para sobreviverem e lutarem por direitos. Militantes políticos ou trabalhadores comuns, todos foram considerados potenciais inimigos do regime.