Um poeta disse que "mineiro não estica conversa com estranho". Já que não somos estranhos - temos o mesmo sonho, uai. -, quero espichar prosa pra tratar dos que julgam e do ato de julgar, partilhando causos, emoções e sentimentos, e remoer pensamentos. Seria melhor estar pertim, tomando café coado na hora, saboreando pão de queijo quentim, ouvindo o estalido da lenha no fogao e o cri-cri-cri da grilaiada, com aquela de prata do Catulo espiando a gente. Mas, não baita estando na varanda da cozinha, o jeito, por enquanto, é nos encontrarmos nas páginas deste livro; o que é possível, pois "o mundo é mágico", como garante Guimarães Rosa.