Steven Shapin argumenta que a ciência, por toda a sua imensa autoridade e poder, é e vem sendo sempre um empreendimento humano, sujeito a capacidades e limites humanos. Dizendo-se de forma simples, a ciência nunca foi pura. Ser humano é errar, e entendemos a ciência melhor quando a reconhecemos como a conquista trabalhosa de seres humanos falíveis, imperfeitos e historicamente situados. Os ensaios de Shapin reunidos neste livro incluem reflexões sobre as relações históricas entre ciência e senso comum, entre ciência e modernidade, e entre ciência e ordem moral. Exploram a relevância dos contextos físicos e sociais na construção do conhecimento científico, os métodos adequados para se entender a ciência historicamente, a dieta como um ponto instigante de investigação histórica, a identidade daqueles que fizeram o conhecimento científico, e os meios pelos quais a ciência adquiriu credibilidade e autoridade. Esta coletânea de amplo espectro e enorme interdisciplinaridade de autoria de um dos mais distintos historiadores e sociólogos da ciência representa algo das principais tendências de mudança no entendimento acadêmico da ciência durante várias das últimas décadas. "O que torna os ensaios [de Shapin] tão agradáveis e vívidos... é sua exuberante variedade de referências, sempre estando um passo à frente e nos instigando a acompanhálos." New York Review of Books