Nas sociedades de Estado, as relações entre as pessoas colocam-se enquanto relações de poder, fundadas em responsabilidades, direitos e deveres. A reflexão sobre o sujeito do discurso é apresentada neste livro, através da afirmação de que o sujeito só pode se constituir como 'forma-sujeito' historicamente determinada. Desse modo, a autora traz a noção de sujeito-de-direito para o cotidiano das relações interpessoais mostrando que o embate entre direitos e deveres, cobranças e justificativas, caracteriza um juridismo que, permeando a linguagem, lugar de poder e tensão, permeia as relações entre as pessoas que se valem de alguns processos que a própria linguagem oferece, procurando deslocar e redistribuir esta tensão.