Escrito num momento em que as discussões demográficas pendem cada vez mais para o controle da natalidade, Filhos queridos tem a força da polêmica. Segundo Christiane Collange escritora e jornalista parisiense mãe de quatro adolescentes, nenhuma emoção, nenhum prazer se compara a uma casa cheia de filhos. Alarmada com as contradições resultantes do progresso tecnológico (a diminuição da natalidade, o prolongamento da vida), ela lembra os riscos da extinção que as populações da França e Alemanha correm, por exemplo. Abomina casais que preferem os animais domésticos às crianças, lamenta os filhos únicos e investe contra as autoridades governamentais para que cuidem cada vez mais de proteger as famílias numerosas com incentivos financeiros e outros meios para sua sobrevivência.