Se pudesse escolher um irmão, Amilton Bueno de Carvalho escolheria um poeta. Se pudesse fazer do tempo algo circular, Amilton Bueno de Carvalho encontraria nos amigos a sua eternidade. E se pudesse ter o olhar ruim sobre algo, por certo, seria sobre a obra de Nietzsche, com olhos voltados para o Direito Penal contemporâneo. Mas não o tem. Direito Penal a marteladas faz perguntas. Questionando desde o título, reflexiona (reflete e ambiciona) um Nietzsche abolicionista. Marreta o leitor com o por que (não punir?), esvazia e preenche de sentido as más-morras e jusfilosofa, e muito, sobre temas penais como a prisão preventiva, os Juízes Criminais, a busca pela verdade real e as circunstâncias de dosimetria das sanções penais. Nesse sentido, o autor fala desde si magistrado gaúcho por mais de trinta anos, conhecido nacional e internacionalmente pelo humanismo, criticismo e compaixão pelo hipossuficiente nos processos judiciais nesta obra que é sua primeira publicação após deixar a magistratura. Poesia, Literatura e Filosofia aqui se fundem em um texto absolutamente inovador e crítico do Direito Penal contemporâneo o seu bestseller: O melhor que eu já li! A obra é direta, tem um alcance: aqueles que estão na linha de frente na cena do direito penal: defensores e professores e se não se destina a filósofos, sociólogos e psicólogos, deve, justamente por isso, também por eles ser lida. Pensando no duplo sentido que a palava martelo na obra de Nietzsche encerra, as marretadas na consciência punitiva, tão características do discurso amiltiano, aqui destroçam ídolos coletivos e como diapasão diagnosticam um vazio em nossa cultura. Se por fim (e de o início), o autor questiona: Vale a pena escrever livros?, essa primeira leitora, professora, exalta: vale a pena ler livros como este!