A partir do século XIX e XX, as sociedades globais se submeteram a uma série de mudanças e a um novo marco histórico. As cidades passaram a ser consideradas como grandes centros, apresentando uma considerável circulação de pessoas e de bens. As pressões de mercado se consolidaram em territórios onde o próprio Estado permitiu tal intervenção, havendo com isso uma crescente verticalização: os ricos tenderiam a permanecer nesta condição, redefinindo o território para delimitar seus espaços, enquanto os mais pobres afundariam na miséria, completamente destituídos de sistemas de proteção social. Frente a realidade narrada, diversas problemáticas se insurgem. O objetivo deste livro consiste na demonstração de que a hegemonia de um mercado global de segurança privada trabalha a difusão do medo como mecanismo indutor e justificador de políticas autoritárias e seletivas de controle social, aproveitando-se de lacunas legislativas propositais para que tal lógica ocorra.