Nesta obra, a questão do corpo como objeto de análise em uma perspectiva discursiva de linguagem é discutida a partir do tema da descendência e da memória. Numa reflexão sobre a memória que constitui o gesto e o olhar, o corpo é tomado como espessura significante na história, materialidade visual e suporte da subjetividade. Seus movimentos são entendidos como formulações constituídas por memória discursiva híbrida, que possibilita a repetição e o deslocamento, a contradição e o estranhamento. Ao mesmo tempo, os sentidos a ele atribuídos são compreendidos como efeitos do olhar; não o olhar que seria um mero resultado da visão, mas o olhar que é, ele mesmo, um gesto de interpretação no/do discurso.