Escrito na década de 1990, este livro foi pioneiro em estudar, com base na Psicologia Junguiana, a importância dos atributos psicológicos do magistrado na decisão judicial. Compatível com uma tendência da Filosofia do Direito do século XX, que salienta o papel do juiz na elaboração jurídica, a autora estuda os reflexos sobre a sentença desses atributos, em especial daqueles considerados femininos pela cultura, como o sentimento e a criatividade. Sem seguir as diretrizes reducionistas do Psicologismo Jurídico, integra, numa postura interdisciplinar, os referenciais da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung e seguidores com os de jusfilósofos que se abrem para o exame de influências de fatores psíquicos, sociais, econômicos, religiosos e históricos sobre o Direito. Esta obra deve ser entendida como um instrumento para a compreensão de um fenômeno jurídico básico, a prestação jurisdicional, a partir de uma reflexão a respeito dos predicados do arquétipo do feminino (denominado anima por Jung), que são muito importantes em qualquer decisão.