O futuro não parecia promissor para a jovem da Martinica abandonada em Paris pelo marido aristocrata. Sempre engenhosa e determinada a manter-se na sociedade parisiense, Josefina procurou refúgio num convento, onde sublimou a voz rouca e a graciosidade sensual que se tornaram os seus poderosos atributos. No período de terror que se seguiu à Revolução, Josefina sobreviveu ao cativeiro e emergiu como figura central de um universo de festas profundamente mundanas. Inebriante, promíscua e encantadora, dominou os jornais e surpreendeu o mundo ao encorajar os avanços de um soldado corso, baixo e marginalizado, seis anos mais novo do que ela. Josefina foi uma famosa anfitriã e exímia diplomata, a consorte perfeita para o ambicioso, embora desagradável Napoleão, e juntos formaram um casal formidável que desenvolveu uma relação extraordinariamente intensa e apaixonada. Mas, à medida que ganhava fama e poder, Napoleão tornou-se cada vez mais obcecado com a necessidade de um herdeiro e mais irritado com os gastos extravagantes da sua amada. Por fim, divorciada, viu-se obrigada a assistir nos bastidores ao nascimento do filho de Napoleão com a sua jovem noiva.