Vivemos um momento da história da humanidade em que assistimos, simultaneamente, ao pleno reconhecimento da leitura como factor decisivo para o desenvolvimento individual e coesão social, mas também ao aparecimento de um tipo de leitor, de características ainda imprevisíveis, que nos alerta para a crescente responsabilidade dos diferentes mediadores de leitura - Família, Escola e outros agentes sociais - para uma intervenção que, necessariamente, se quer mais precoce, e que permita que a formação de leitores se faça de forma consistente, dada a maior complexificação e exigência que as competências literácitas vêm assumindo nos nossos dias.Este reconhecimento não teria, no entanto, qualquer impacto se não fosse acompanhado do esforço e mérito dos investigadores e Universidades que procuram suporte científico para enquadrar a aquisição de comportamentos de leitura e, assim, possibilitar o desenho de modelos e práticas sustentadas de formação de leitores. É o caso deste conjunto de artigos que reflectem sobre as questões associadas a esta temática e. ainda, sobre o papel dos agentes responsáveis pelo desenvolvimento dos mecanismos subjacentes à aquisição da leitura e ao seu envolvimento nos respectivos processos.DOS LEITORES QUE TEMOS AOS LEITORES QUE QUEREMOS