Mafra Carbonieri, autor deste romance, disse certa vez que: “o homem institucionalizado, o homem formado pela sociedade, perde a criatividade, os objetivos e a individualidade. ” E é a um homem bem formado pela sociedade que o autor confia esta narrativa. Um advogado criminalista experiente e renomado que defende políticos corruptos, o que, na sociedade em que vivemos, nos tempos atuais, pode ser considerado um profissional de sucesso, alguém que alcançou alto patamar no campo do direito. Um indivíduo erudito, aparentemente cordato e educado com seus interlocutores, porém, em seu íntimo, se mostra um psicopata cheio de rancor, ódio e inveja. Alguém que acredita que “não deve se misturar à ralé dos que não exibem um diploma na parede ”, enquanto planeja assassinar a mulher, de quem depende até para tomar seus remédios.