Buscar as raízes culturais da Europa significa quase sempre retornar a Atenas e a Jerusalém: a razão filosófica grega e a tradição monoteísta hebraica apresentam-se, então, como os arcabouços de um novo modo de pensar, de agir e de ser. No entanto, compreender a complexidade da cultura europeia sem passar por Roma, desconsiderando sua presença monumental na história do Velho Continente, é uma tarefa fadada ao fracasso. Partindo desse pressuposto, o filósofo Rémi Brague propõe uma alternativa ao debate: a via romana surge como o caminho que conduz ao diálogo entre culturas distintas.