A obra desenvolve uma proposta de ordenação metodológica para a técnica da ponderação jurídica e concebe alguns parâmetros destinados a orientar o intérprete, de modo a aprimorar a racionalidade e a juridicidade das decisões que se valem da ponderação. O estudo foi estruturado em três partes principais. Na primeira, a autora ocupa-se de cinco questões preparatórias: delimitar o objeto de estudo; justificar a necessidade das propostas desenvolvidas; examinar as críticas formuladas à técnica da ponderação; investigar as alternativas à técnica sugeridas por alguns autores; e identificar os principais mecanismos existentes de racionalização da técnica. A segunda parte do livro expõe a proposta de ordenação para a ponderação, que conjuga preocupações metodológicas e argumentativas, permitindo visualizar com mais clareza as etapas a serem percorridas pelo intérprete e os cuidados a serem por ele observados nesse percurso, o que confere maior consistência metodológica à ponderação e maior possibilidade de controle do processo, com proveitos evidentes para a redução do subjetivismo. A terceira parte do estudo discute a adoção de parâmetros para o processo ponderativo e sugere dois parâmetros gerais: (i) enunciados com estrutura de regra têm preferência sobre princípios; e (ii) normas que realizam diretamente direitos fundamentais dos indivíduos têm preferência sobre normas relacionadas apenas indiretamente com esses direitos. Por fim, ainda na terceira parte, discutem-se elementos para a construção de parâmetros materiais específicos, destinados a orientar a solução de conflitos particulares.