Este livro está construído a partir de textos que surgiram de conferências e participações em mesas redondas, por ocasião do "1º Congresso Internacional de Psicanálise sobre Violência e Processos Segregatórios: subjetividades e realidade social", realizado na PUC Minas, em agosto de 2012. Nesse contexto que buscava interlocuções críticas sobre a violência e segregação existentes e parte integrante do processo humano, na atualidade hipermoderna, pesquisadores brasileiros e estrangeiros se encontraram. O público presente era diversificado, mas, composto predominantemente por alunos de cursos de graduação, alguns deles já trabalhadores em instituições criadas para responder à demanda de acolhimento de sujeitos em meio aos desvarios de seus atos. Foram dois dias de reflexões sistemáticas, calcadas principalmente em experiências de pesquisas - algumas compartilhadas entre os profissionais presentes - e na prática clínica, respeitando a interlocução necessária com diferentes áreas de conhecimento. Havia a transmissão de informações, mas, no consenso de que mais que tecer considerações repetitivas há o novo das intervenções possíveis, inclusive a partir de dados reveladores das pesquisas realizadas em diferentes espaços. Animando-se à leitura, o leitor encontrará um pesquisador colombiano dizendo sobre seu país aquilo que podemos ler, também, aqui no Brasil, e uma pesquisadora espanhola abordando os laços sociais que exacerbam a dimensão violenta do sujeito. Entre os brasileiros, há contribuições sobre políticas públicas mineiras, a respeito da violência na juventude e de questão menos comentada cotidianamente, a violência expressa nas artes e na prática da letra. O livro está aí, em sua dimensão generosa, vivida, e aguarda seu desejo decidido em sua direção.