Como viver? Esta é a questão principal da obra dado que nela estão incluídas todas as outras questões possíveis. É a questão da "vida boa" ou, como diziam os Gregos, a questão da sabedoria. Os antigos tinham a sua própria vida que, pura e simplesmente, não saberíamos hoje reproduzir. O mundo já não é o mesmo de então. A sociedade não é mais a mesma. Assim, como teríamos nós essa mesma vida, a mesma maneira de nos salvar ou perder? Nesta obra, os autores procuram uma espiritualidade para o nosso tempo, uma sabedoria para os modernos. Foi esta a questão que os reuniu no enunciado do problema e os opôs nas soluções que lhe propuseram. Pretenderam confrontar os seus próprios pontos de vista, os seus argumentos, as suas interrogações. Daí a razão deste livro a duas vozes sobre duas vias possíveis da filosofia contemporânea. O problema dos autores? Assenta essencialmente sobre a questão: que sabedoria, após a religião e para além da moral? Isto porque a religião é negócio da crença privada e a moral torna-se negativa, define as condições da vida comum e não o sentido ou o preço da vida. Com a simplicidade e a humildade dos sábios os autores procuram reflectir sobre a sabedoria, procurando saber se a vida vale a pena ser vivida e como. ANDRÉ COMTE-SPONVILLE é um filósofo que ama a sabedoria. Como escritor fala com gravidade das coisas graves e com simplicidade do simples. Para ele, troçar da filosofia é filosofar verdadeiramente. Como filósofo ama a verdadeira vida e como escritor procura uma beleza que não minta. LUC FERRY, filósofo, é actualmente professor de Filosofia na Universidade de Caen, dedica essencialmente o seu trabalho a questões tão decisivas como a responsabilidade moral, a visão contemporânea do amor e do sentido da vida num mundo secularizado.