Considerado um dos mais dotados e fascinantes poetas brasileiros, pela original modernidade da escrita alimentada por uma sólida cultura humanística, Marcus Accioly apresenta sua mais recente obra, Daguerreótipos, publicada pela Escrituras Editora. Poesia visceralmente brasileira, inspirada na tradição. Carlos Drummond de Andrade descreve a poesia de Accioly como "tão densa e plurifacetada, que não se esgota, antes se enriquece a cada mergulho no seu vasto bojo". Segundo João Cabral de Melo Neto, ele "representa em sua geração a continuidade melhor da poesia pernambucana (e também brasileira), que faz o poema. Ele faz a poesia." Uma poesia que surgiu, como descreve Gilberto Freyre, "clássica - nova, inovadora e clássica --, uma combinação rara, mas que ocorre e ocorreu, de modo magnífico". Sobre Daguerreótipos, Accioly justifica que o título "foi a descoberta de que o mal já estava inserido nele - conforme a epígrafe da também suicida Diane Arbus - ‘Sempre pensei em fotografia como uma maldade’ - e de que o vocábulo pluralizado - Daguerreótipos - como cópias do mal reproduzido, tinha algo "da guerra e de tipos", ou "ó tipos" (...) Portanto, leitor, eis os tipos da guerra com as palavras, ou da guerra com a arte e seu destino, ou da guerra com a guerra propriamente"