Mais que um inusitado artifício, mais que um jogo de ocultamento e desvendamento, O romance de Isabel é, no final de contas, e essa é sua razão de ser, um simulacro da vida de todos nós, do vácuo de viver e da busca pela plenitude da existência e, claro está, da procura por uma identidade. Este o significado que aflora em nós, no curso da leitura desse romance incomum. Esta obra de Ricardo Daunt, talvez a mais contundente e arrebatadora das que escreveu, figura entre as grandes obras primas das últimas décadas da literatura brasileira. Se duvidar, leia. Você não pode perder essa experiência única.