Os poemas de Sonetos dos amores mortos reservam ao leitor a graça de acompanhar, como cúmplice ou voyeur, a trajetória de um amor desfeito. De início, em tom elegíaco, triste: Mas o amor pleno pus no desalento/ e meu cio em moinho só de vento. No percurso da dor traduzida em verso, a poesia escala o que os românticos chamavam de os píncaros da solidão: Estão entre aspas todas as certezas,/ enquanto o tempo corre na ampulheta,/ somando, aos grãos, a água das tristezas. E Rita faz versos que valem por mundos: A arte de amar nos nasce espontaneamente (...) O estado de amar é um sol escarlate (...). Prefácio de Geraldo Carneiro. Com fortuna crítica.