Hieróglifos, logogrifos, anagramas, charadas: o incauto leitor, atraído pelas vertigens do enigma, sucumbirá às teias delicadamente tramadas pelo discurso de Riobaldo, o bardo do Sertão. Em seu percurso itinerante, o leitor decifrará uma série de enigmas metaliterários de Grande Sertão:Veredas: pretensas imagens do Sertão, destinadas às orelhas do romance, transformam-se em representação do Universo das Letras; jagunços como “Dos Anjos”, “Drumõo” e “Selo(do)rico Mendes” serão poetas em guerra pela expressividade da linguagem; Otacília, a “moça da carinha redonda”, torna-se uma poderosa motivação nessa guerra de bardos; o crótalo “Urutu Branco” disputa com Hermógenes o domínio sobre a criação da Linguagem e do Universo.