Esta obra suscita imediato interesse de antropólogos e sociólogos, pois as perguntas o que preservar e por que preservar exigem respostas baseadas em uma ordem de valores, impondo à reflexão conceitos como tempo, memória e história, que sustentam representações e constroem a teoria e a prática em torno do patrimônio cultural. Esta é uma pesquisa pioneira, um dos primeiros pilares plantados para a criação desse campo de estudos dentro das ciências sociais. Além de estudar a gênese de uma instituição cultural, Mariza Veloso faz uma leitura original do modernismo brasileiro, de seu vanguardismo singular que valoriza o novo e não abre mão da tradição, daquilo que tem valor histórico ou estético, do que uma sociedade não pode se esquecer. Um dos achados mais importantes da autora refere-se à compreensão da instituição entendida como Academia Sphan, pois ali produziram-se estudos, pesquisas, livros e ensaios sobre o patrimônio cultural.