Os textos aqui reunidos são análises que entram no universo cotidiano dos jovens que estão cursando o ensino médio na cidade do Rio de Janeiro. Partem de um mesmo banco de dados, mas vão mostrar ângulos bem distintos do universo pesquisado. Ficará evidente o alto grau de reflexividade que os jovens ouvidos conseguem atingir acerca das principais questões que estão relacionadas ao seu cotidiano. Ficam também evidentes as distintas chances de vida que se apresentam para eles nas duas redes, particular e pública. Fica ainda claro como esses jovens apresentam enorme similaridade em várias outras questões: sua preocupação com o mercado de trabalho, suas chances de vida, sua consciência sobre os problemas do país, ou ainda a indignação com a prática política atual. E se há um sentimento de impotência, de não saber o que fazer para sua maior participação, esse jovem sabe que é através das instituições mais próximas ao seu cotidiano - a família, a escola e a universidade - que será aberto um possível caminho para o maior exercício da cidadania, uma vez que as instituições da política formal têm avaliação muito negativa.