Este livro apresenta e analisa as inúmeras práticas de religiosidade dedicadas ao Divino Espírito Santo. Utilizando um conjunto diversificado de fontes, tais como: jornais, fotografias, documentos eclesiásticos, processo de tombamento, livros de registros e entrevistas, o autor analisa diversas práticas desenvolvidas por mulheres e homens para laudar o Divino Espírito Santo. O cenário escolhido pelo autor é Ponta Grossa, no Paraná. Nesta cidade, a devoção ao Terceiro Elemento da Santíssima Trindade teve início em 1882, após, segundo a tradição, dona Maria Xavier ter encontrado em um rio a imagem da representação do Divino, uma pomba de asas abertas, gravada em um pedaço de madeira. Em seguida, essa senhora abriga em sua residência a imagem encontrada e inicia práticas para louvar o Divino, como novenas, procissões e festas. Com o passar do tempo, sua residência fica conhecida como a Casa do Divino e se consubstancia como um lugar sagrado, detentor de um patrimônio material e imaterial. E a dona Maria é atribuída o titulo de ¿Nhá Maria do Divino¿. Com o intuito de entender o que levou essas práticas, iniciadas por dona Maria, perdurarem mais de 130 anos e a coordenação dessas continuarem sendo exercida por uma única família levaram o autor a desenvolver essa pesquisa. Caminhando por indícios do passado no presente o autor traz à tona os aspectos de religiosidade católica no Brasil, no Paraná e em Ponta Grossa. Faz ainda, uma análise do conjunto festivo dedicado ao Espírito Santo, na contemporaneidade, apontando rupturas e continuidades nesta tradição religiosa. Assim, o autor se debruça sobre ritos, símbolos e festejos. Diversos fatores são evidenciados e problematizados no decorrer da obra. Este livro é destinado não apenas a historiadores, mas a todos os indivíduos interessados no fenômeno da religiosidade.