A presente obra tem como objeto a análise da possibilidade de indenização por danos morais decorrentes do chamado abandono afetivo paterno. O interesse pelo tema surgiu na época do estágio curricular obrigatório. Tal estágio foi feito integralmente no Ministério Publico do Estado do Rio de Janeiro e, assim que foi lotada na Promotoria de Família , ao manusear algumas ações , surgiu o interesse pelo tema. A partir desse momento iniciou-se um trabalho que culminou com essa pequena obra. Os avanços tecnológicos, culturais e biopsicossociais da humanidade, bem como as novas definições e formas de constituição das famílias possíveis, fizeram com que o afeto tomasse um novo prisma, ocupando um espaço cada vez mais significante nas possibilidades de efetivação do constitucional direito à convivência familiar. Para tanto parte de uma análise da família e sua evolução histórica, explicitando sobre a evolução da tutela do afeto e sobre a constitucionalização do Direito. Em seguida, analisa-se a chamada paternidade e a chamada figura paterna. Depois, é feita a análise de todos os direitos e princípios decorrentes dessa nova concepção jurídica após a constitucionalização do direito e sua positivação em nosso ordenamento pátrio. Por fim, trata-se do chamado abandono afetivo e da responsabilidade civil no direito da família, explicitando sobre os pressupostos para a responsabilização, bem como a caracterização do dano moral decorrente do referido abandono, e também sobre o prazo prescricional para a propositura da referida ação.