A maior obra escrita por Vilém Flusser, inédita em qualquer idioma. Nela, o filósofo tcheco radicado no Brasil e mundialmente reconhecido como pioneiro na reflexão sobre novas tecnologias propõe uma história subjetiva da ontologia moderna. Empregando as noções de culpa, castigo, maldição e penitência, ele explora o modo como desde os que antecederam a modernidade até os homens de hoje veem e lidam com o mundo. Mais sutis do que épistèmès ou paradigmas, o que temos aqui são gerações, que, por seu caráter contínuo, já indicam que o Último Juízo, tantas vezes anunciado dada a religiosidade inata à linguagem e à vida , nunca é verdadeiramente o último. Ou, como a contemporaneidade permite enunciar (e este é o seu drama): o Último Juízo já aconteceu. Neste cenário, surgem quatro figuras a compor o nosso tempo: o aparelho, o funcionário, o instrumento e o programa.