A tradução do teatro clássico vive um momento afortunado no Brasil, quando tantos experientes tradutores, mais de uma vez ancorados em diferentes paradigmas de trabalho e movidos por propósitos diversos, têm recriado as obras antigas sob parâmetros, de fato, renovadores desse legado. Esta tradução da Electra de Eurípides cumpre, dentro do espírito vivificante a que temos aludido, seu honroso papel. Na verdade, a fim de recontar aos ouvidos brasileiros do século XXI o velho mito posto em cena pelo dramaturgo antigo, a tradutora responsável, professora Tereza Virgínia Barbosa, pareceu orientar-se por dois parâmetros associáveis à fuga desta sua iniciativa do meramente acadêmico ou banal. Assim, privilegiado e instigante contato com o teatro de Eurípides, universalmente atemporal, terão os leitores da obra tradutória aqui apresentada. Matheus Trevizam