O Autor, professor titular da USP, adapta à realidade atual o mito de Pandora, isto é, a explicação mitológica das desventuras humanas, mostrando que o mundo não mudou muito desde a Antigüidade. Em linguagem irônica e iconoclasta, explora, sem preconceitos, homônimos e outros recursos de estilo que estimulam a presença do sentido duplo o que propicia situações cheias de humor e abre oportunidade para se colocar em discussão a malícia, traço tão característico do brasileiro em geral e dos adolescentes em particular. A análise dessa obra em sala de aula é apropriada para classes mais adiantadas (2° e/ou 3°anos do 2° grau), pois ajuda o professor a introduzir o aluno ao estudo da linguagem cheia de ironia e, muitas vezes sarcástica, de Machado de Assis, que, por sinal, cita o mito de Pandora em Memórias póstumas de Brás Cubas e é citado por Francisco Maciel Silveira logo no início do livro.