A obra é um percurso. Um percurso é uma questão. E a questão que está no centro da pesquisa competentemente realizada pela autora repousa num dos temas mais candentes que se insere no tema da bio-tanato-necropolítica. Não sem razão, a escolha difícil, porém acertada, dos marcos teóricos que permitiriam trilhar o caminho desejado. Trilhar um percurso em que o tema central é o controle dos corpos femininos é evidenciar uma das problematizações que flerta a um só tempo com o nascer, o viver e o morrer. Todavia, não como escolhas, senão como determinações de uma proposição que é da ordem do patriarcado e cujos reflexos são dessa mesma ordem. Para as que não morrerem, da morte já anunciada, haverá sempre outra morte simbólica. Priscilla Placha Sá